CAMPU

Hoje: uma Lisboa em que o centro perde a cada dia residentes e os movimentos pendulares aumentam. O nosso tempo para caminhar, observar e participar na cidade é cada vez menor, no entanto sentimos a necessidade de conhecer e de nos apropriarmos da cidade que é todos.

CAMPU é uma série de exercícios organizados por arquitectos paisagistas mas que se quer aberto a todos os interessados em experienciar e pensar a interacção do espaço físico e o espaço social da cidade.

O acto de caminhar inicia-se com os primeiros povos nómadas, que se deslocavam na busca de alimento. O alimento deixou de ser a restrição e as civilizações tornaram-se sedentárias, enquanto a procura de informação e a "conquista" de novos territórios mantiveram os continuados movimentos pendulares dos povos. Em 1921, com os Dadaístas, o acto de caminhar entra no campo estético quando, em Paris, se organizam uma série de passeios por lugares banais e encaram a cidade como um readymade, explorando o espaço comum com actos simbólicos. Se, por um lado não deixámos de ser cada vez mais nómadas, em permanentes movimentos físicos e virtuais, por outro sentimos uma necessidade premente de experienciar, conhecer e apropriar os elementos da cidade que muta a cada instante.

CAMPU tem sempre um ponto de partida definido e uma intenção de percurso mas a dinâmica da cidade determinará o destino de cada um dos exercícios, sugerindo-nos alterações e desvios.

Ao final de cada quatro caminhadas escolher-se-á um local para uma acção específica. Aqui, cada um poderá expôr os registos daqueles que considerem os elementos-chave das caminhadas, através do vídeo, fotografia, som, mensagens ou acções.

No site dedicado a estas actividades, o traçado das ruas que percorreremos servirá para construir um novo mapa da cidade de Lisboa.

CAMPU: Conhecer e Andar para Manipular a Paisagem Urbana!




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